Fórum da Indústria: “Discutir reforma tributária é garantir que pequenas e médias empresas não sofram com as mudanças futuras”, diz presidente do Sistema Fiemt
De olho nas mudanças que a reforma tributária poderá trazer para a economia nacional, o Sistema da Federação das Indústrias de Mato Grosso (Sistema Fiemt), com apoio do Sindicato das Indústrias Madeireiras do Norte do Estado do Mato Grosso (Sindusmad), promoveu o Fórum da Indústria de 2023 em Sinop. O evento “Reforma tributária e perspectivas econômicas” foi realizado nessa segunda-feira (22.05) e contou com a casa cheia, fechando o ciclo de debates no interior do estado. Estiveram presentes cerca de 150 empresários e representantes do setor de base florestal do norte mato-grossense.
“Mato Grosso é um estado pujante que vive agora um segundo momento da economia, que é a verticalização da produção e industrialização. Sabem
os que qualquer mudança drástica poderá trazer efeitos negativos para a economia estadual. Pensar nas micro, pequena e médias indústrias, que predominam no perfil de empresas mato-grossenses, é necessário para manter o desenvolvimento da economia estadual.”, pontuou o presidente do Sistema Fiemt, Silvio Rangel.
Além disso, ressaltou que as peculiaridades do estado e características que predominam precisam também ser levadas em consideração nas discussões sobre a reforma tributária. “As indústrias mato-grossenses já sofrem com o custo elevado na produção devido a distancias dos portos para escoamento, a logística deficitária e a necessidade de incentivos. É preciso considerar o que Mato Grosso se difere de outros estados. Por isso, precisamos ampliar os debates”.
A jornalista e economista, Denise Campos de Toledo, que conduziu o evento retratou o panorama atual da economia diante das possíveis mudanças na legislação tributária com a possibilidade de aprovação da PEC 45, que tramita na Câmara dos Deputados, e da PEC 110, que está no Senado. “As mudanças visam a simplificação do sistema tributário com unificação de vários tributos, inclusive das 27 legislações de ICMS”, explicou.
O presidente do Sindicato das Indústrias Madeireiras do Norte do Estado do Mato Grosso (Sindusmad), Wilson José Volkweis, agradeceu o empenho do Sistema Fiemt em trazer à tona discussão e ressaltou que eventos como o Fórum da Indústria proporcionam uma nova visão sobre os impactos e ajustes que todo o setor precisa considerar.
A programação do Fórum da Indústria, que ocorreu em comemoração ao Mês da Indústria, ainda foi realizada em Cáceres e em Rondonópolis. O encerramento será feito em Cuiabá, no dia 25 de maio, com palestra do economista Paulo Rabello de Castro.
Base Segura
Durante o Fórum, foi lançado oficialmente o projeto Base Segura pelo Serviço Social da Indústria (Sesi), que vai oferecer atendimento, assessoria, consultoria, palestras, treinamentos e apreciação de riscos para as empresas do segmento de base florestal de Mato Grosso na área de gestão em segurança do trabalho.
Na ocasião, houve a assinatura do primeiro contrato com a empresária Gabriela Paludo, que reforçou a confiabilidade do Sistema Fiemt, por meio do Sesi, para garantir o bom andamento do projeto.
O Base Segura será concentrado em palestras, assessorias, consultorias e treinamentos em oito NRs, tais como gerenciamento de riscos ocupacionais e prevenção em SST (NR 1), comissão interna de prevenção de acidentes (NR 5), equipamento de proteção individual (NR 6), programa de controle médico de saúde ocupacional (NR 7), edificações (NR 12), condições de trabalho e conforto nos locais de trabalho (NR 24) e sinalização de segurança (NR 26).
Visita à indústria
Como parte da programação do Fórum da Indústria, a comitiva do Sistema Fiemt e representantes do Sindusmad, visitaram a Madeireira Gramados. “É extremamente importante essa aproximação para a nossa empresa. A Fiemt tem feito um ótimo trabalho em procurar entender como é a nossa produção e saber quais são as necessidades”, ressaltou o empresário Diones Marcos.
A empresa familiar, no mercado desde 1994, produz cerca de 700 metros cúbicos de madeira por mês de matéria prima para porta, janela e piso de madeira. Além disso, com as sobras do material fazem cadeiras dobráveis, janelas pré-fabricada, móveis rústicos e outros produtos. A madeireira emprega 84 funcionários.
Participaram da visita a gerente da unidade Sesi Sinop, Edina Scheid, o gerente da unidade Senai Sinop, Bruno Cavalcante, o diretor regional do Senai MT, Carlos Braguini, o superintendente do Sesi MT, Alexandre Serafim, a gerente de Sustentabilidade e Inovação, Ribenildes Sousa, o gerente de Saúde e Segurança do Sesi, Marcio Alves, e o coordenador de Saúde e Segurança, Antônio Carlos Junior.
Texto: Vivian Lessa